A Companhia Geral CIMIC (Civil-Military Cooperation) irá realizar, entre os próximos dias 23 e 27 de janeiro, no Concelho de Sardoal, o exercício Armageddon 22.
Durante este período, um destacamento constituído por 11 militares estará estabelecido nas instalações do mercado municipal de Sardoal, sendo que estes militares irão desempenhar atividades CIMIC junto de várias entidades do Concelho, contribuindo assim para um treino realístico que beneficiará a formação e experiência destes militares em caso de emprego num cenário real. O Centro CIMIC está aberto à população em geral para quem quiser conhecer e saber mais sobre esta capacidade das Forças Armadas (FFAA).
As Forças Armadas Portuguesas possuem uma capacidade conjunta CIMIC denominada de Companhia Geral CIMIC que é composta por 54 elementos dos três Ramos das FFAA, depende do Chefe de Estado Maior das Forças Armadas e mantém anualmente o compromisso de atribuir um Destacamento Conjunto CIMIC à NATO Response Force (Força de Reação Imediata da NATO) para ser ativado e empregue quando e onde for necessário, dependendo de decisão política.
Para a avaliação e certificação deste destacamento, a Companhia realiza anualmente um exercício, com o apoio dos Ramos das FFAA, que tem como objetivo exercitar os três pilares CIMIC (ligação civil-militar, apoio à força militar e apoio às entidades não militares).
Este ano será o Regimento de Apoio Militar de Emergência, em Abrantes, a apoiar a realização do exercício em cooperação com a Câmara Municipal de Sardoal, que disponibilizou uma infraestrutura para a instalação de um Centro CIMIC permitindo desta forma que a ligação à população seja possível e se faça de uma forma o mais realística possível e que o treino dos militares seja o mais eficaz possível.
De referir que as atividades CIMIC podem ser divididas em 3 funções fundamentais:
• Ligação civil-militar: que proporciona a coordenação necessária para facilitar e apoiar o planeamento e a realização de operações, evitando assim conflitos ou duplicações de atividades militares com civis.
• Apoio à força militar: dependendo das circunstâncias, os comandantes militares podem necessitar de apoio, bem como de esforços de atores não militares para minimizar a perturbação das operações militares. A CIMIC dá um excelente contributo em termos de apoio à força, realizando as seguintes tarefas:
- Avaliar e informar sobre a situação civil;
- Identificar indicadores civis-chave e fatores sensíveis;
- Promover a aceitação da força na área;
- Contribuir para influenciar a sociedade civil na área da missão;
- Facilitar o acesso aos recursos civis, quando necessário.
• Apoio aos atores não militares e ambiente civil: esta função abrange um vasto leque de atividades CIMIC e o apoio prestado pelos militares pode ser em termos de informação, pessoal, material, equipamento, instalações de comunicações, especialização especializada ou formação. A este respeito, a realização de projetos CIMIC assume uma importância relevante uma vez que estes visam restabelecer os serviços públicos, ou infraestruturas básicas ou ainda outros serviços considerados essenciais.
Para além do Mancípio, participarão de forma mais direta no “cenário” deste exercício a Guarda Nacional Republicana, a Paróquia de São Tiago e São Mateus, os Bombeiros Municipais, o Agrupamento de Escolas, a Universidade Sénior deste Concelho e Comunicação Social regional.
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